IGOR
DOS SANTOS
Igor é da cidade de Itaguaí no Rio de Janeiro, tem 43 anos e é carteiro.
É associado da União Bonsai Rio de Janeiro desde 2022, começou a se interessar pelos bonsais em 2019 e iniciou sua prática no período de restrições da pandemia de 2020 direcionando o cultivo de plantas que já fazia nos jardins de sua casa a esse objetivo.
"Sempre idealizei projetos para a posteridade, principalmente com plantas! Devido minha formação acadêmica, com o bonsai foi a união perfeita de idéias."
primeiro trimestre
ABR-MAI-JUN/2023
Após aclimatação da planta, com cerca de 1 mês, devido recurso alternativo para destinatário final da planta.
Durante esse tempo a escolha de projeto foi sendo desenvolvida. E escolhido Moyogi aproveitando a estrutura de tronco sinuoso.
Após esse período, foi realizado uma limpeza no tronco com tratamento de pasta cicatrizante, com objetivo de adiantar as irregularidades preexistente, além da primeira poda de galhos fora do projeto.
Nem todos os galhos foram podados. Alguns foram poupados exatamente para crescerem e melhor se desenvolverem para harmonização do projeto. Outros foram posicionados com arame de alumínio por cerca de 60 dias.
Não foi feito transplante. Porém foi retirado um pequena parte superior do torrão da planta, já para deixar as raízes mais expostas para alcançar uma textura mais natural e recolocado uma pequena camada de pedrisco grosso.
Na foto Extra 01, podemos observar a planta antes das intervenções.
SEGUNDO trimestre
JUL-AGO-SET/2023
Aproveitando a alteração inesperada do clima no final do inverno que ficou com características do início de uma primavera, foram feitas algumas intervenções.
Ao fazer o transplante foi identificados nematóides e dessa forma, tive que retirar partes das raízes que estavam infectadas.
Com a redução da massa radicular, proporcionalmente foi feita a desfolha da planta, afim de buscar um restabelecimento gradual da planta.
Foi deixado um galho de sacrifício como primeiro galho para o engrossamento do mesmo. Detalhe na FOTO02.
A disposição radial dos galhos, está bem agradável, no entanto, sempre passando por avaliação para uma melhor posição dos mesmos. Como podemos observar na FOTOEXTRA01
terceiro trimestre
out-nov-dez/2023
Após o transplante e desfolha da última intervenção realizada, foi aguardado o momento da planta se restabelecer e após esse período a planta foi adubada com fertilizante químico osmocote.
Algumas podas foram feitas nesse período, estipulado pelo concurso, e assim foi se buscando um posicionamento dos galhos para o projeto escolhido.
O galho de sacrifício escolhido para compor o 1° galho no primeiro terço da planta segue crescendo e engrossando, no entanto, a planta contém um galho anterior ao primeiro que não fará parte do projeto, porém, ainda não foi retirado por ser um galho importante para o objetivo de diminuir ao máximo possível uma cicatriz da linha de tronco principal da planta.
Essa foi uma decisão tomada já no início do projeto, visto que a planta já continha muitas cicatrizes para serem trabalhadas.
QUARTO trimestre
JAN-FEV-MAR/2023
Chegando ao fim do 4° trimestre os resultados se mostraram satisfatórios. Foi feita adubação orgânica intercalado com adubação química a base de osmocote, sendo iniciado a orgânica ao fim da química.
Para arrumar os galhos nas posições que o projeto pede, foi feito uma ancoragem dos galhos laterais que já tinham um movimento (anteriormente adquirido com aramação) e uma nova aramação foi feita para espalmar mais os galhos (como uma palma de mão aberta), assim como posicionada melhor um galho de fundo afim de trazer profundidade para o projeto. Um galho de sacrifício vai ser utilizado para proporcionar uma engorda na linha de tronco principal.
Uma observação feita nesse período foi na questão da cicatrização de um corte na linha de tronco onde foi deixado um galho lateral para explorar a circulação da seiva da planta, para facilitar o processo. No entanto, esse se mostra um galho bem promissor e pode se tornar um primeiro galho mais ramificado, tornando o projeto mais desafiador.